sexta-feira, 14 de setembro de 2012

A Natureza é você

Céu, quão grande é o céu
E um bando de nuvens, que passam ligeiras
Para onde as nuvens vão, ah! Eu nunca sei...

E o vento que falam nas folhas.
Contando as histórias que não pertencem a ninguém
Apenas a mim e a você...

E as águas desse mar,
Para onde vão, eu não sei,
A minha vida inteira, esperei, esperei
Por você...

Que é a coisa mais linda que existe,
Você não existe, pequena,
Deixa que eu te adore...

Ah! Bem perto de mim,
Dois sabiás se amam perto de mim,
Ai que saudades de você e de mim
Mas, se fosse um filme a nossa vida seria assim,
Um grande amor e um mar cantando Jobim
Todo o carinho se reprisando a vida inteira...

sábado, 16 de junho de 2012

Desculpe-me

Desculpe-me por sofrer,
Por ser tão sensível,
Desculpe-me por revelar
Que dependo de você
Para novamente amar.

Hoje chorei,
Nem precisava chorar,
Acho que nunca poderei,
Novamente amar
E ser amado.

A história novamente se repete,
Roteiro de um só personagem
Amar e nunca ser amado,
Lembrar e nunca ser lembrado


Tiago di Moura 
16/06/2012



Quanto te Vi

Quando te vi,
Nem pude evitar, apenas permiti
Um sentimento em mim passar a existir

Mas, como é difícil,
Sentir e não ser sentido,
Ver e não ser visto,
Ser uma imagem sem cor num quadro tão colorido...

Entretanto, existo e ainda deixo existir,
O sentimento em mim transcreve-se em poesias
Tu és a bela poesia que recitas todos os meus dias
Tu és os belos versos sussurrados dentro de mim

Minha querida,
Tudo que sinto, eu preciso escrever,
Mas mantenho tudo em segredo,
Tu sabes que ainda tenho medo.
De me machucar...



Tiago di Moura
10/06/2012


Pequena

Olho-te de manhã,
Pequena,
Seu sorriso vem chegando
Bem singelo.
Pequena
Pra começar bem o meu dia
Para começar um dia belo.

Olho-te de manhã,
Pequena,
Penso: ó criatura amável
Todas as manhãs meu sorriso ela ganha,
Sua presença me ofusca, a voz fica fanha,

Olho-te de manhã,
Pequena
Penso: será que ainda estou dormindo,
E sonhando com um anjo?
Com toda sua beleza e encanto
Ela vem ao meu encontro sorrindo...

Na manhã seguinte a vejo novamente
Tão Pequena, tão meiga e bela
E se repete o belo dia...

(08/06/2012)




Enquanto a Música Soar

Enquanto a música soar,
Eu serei tudo,
Serei um grande herói,
Com sua espada e seu escudo
Ou um valente caubói.
Cavalgando pelo antigo mundo
Mesmo que seja por um segundo,
Eu sei tudo que quiser em um minuto,
Enquanto a música soar,
Eu sou tudo que quiser...

Tiago di Moura
25/05/2012

terça-feira, 6 de março de 2012

LÓGICA DO AMOR

O amor…
Ser arisco, indomável
Corre daqui, se esconde dali
Cai e se machuca, chora e sangra
Na maioria das vezes sara,
Mas deixa sequelas
Às vezes sara num único dia.

Ei amor…
Tu beijas a boca dos apaixonados
Faz a linguagem dos corpos nus,
Entregues ao frenesi do êxtase
Os pares de mãos explorando os corpos
Não precisam de mapa, apenas exploram
Hoje, amor, tu fostes domado
Amanhã, pode ser que não mais,
E sairá como animal ferido
À procura de abrigo para se curar.


TIAGO DI MOURA

DESPEDIDA

Escutes, não desejo apenas teu corpo,
desejo teu corpo e o coração,
pois do primeiro terei sua paixão
e do último sei que terei seu amor,

Escutes, não me humilhes
por te querer, por te amar,
não craves esta adaga no meu peito,
por Deus, não faça meu peito sangrar.

Mas se queres enfim,
então te darei paz,
se te aborreço tanto assim,
pode ficar com outro rapaz.

Deixe-me apenas te olhar
nestes últimos momentos juntos,
que seja por apenas seis segundos,
somente para não esquecer como foi te amar.

Tiago di Moura

Quem

Há quem queira ser feliz,
Há quem goste de sofrer,
Há quem diz ser infeliz,
Há quem goste por prazer,
Quem há de viver sem amar?
Quem há de amar sem viver?
Quem há de fazer sem tentar?
Quem há de pedir sem dizer?

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Mulher Fulana

Fulana. 
Se pensas que sofro por ti,
estás enganada! Quem és?
Ninguém. A sociedade ri
de tua ignorância, ao invés
de aplaudir a tua alienação.

És comparada facilmente com milhares,
fingidas, todas, comuns e básicas.
Tu chamarás atenção por onde entrares,
mas o que usas para iludir a platéia
tem data de vencimento, pouca validade.
Nada como o tempo para aplacar a idade,
E o que terás depois para entreter a multidão?

Fulana.
Esses infelizes que choram por ti hoje
serão pessoas felizes amanhã,
e assim como choraram outrora,
rirão agora,

Enxergastes fulana?
Percebestes quão vida medíocre tens? 
Nem mil anos de glória te trará bens.

Tiago di Moura