quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Mulher Fulana

Fulana. 
Se pensas que sofro por ti,
estás enganada! Quem és?
Ninguém. A sociedade ri
de tua ignorância, ao invés
de aplaudir a tua alienação.

És comparada facilmente com milhares,
fingidas, todas, comuns e básicas.
Tu chamarás atenção por onde entrares,
mas o que usas para iludir a platéia
tem data de vencimento, pouca validade.
Nada como o tempo para aplacar a idade,
E o que terás depois para entreter a multidão?

Fulana.
Esses infelizes que choram por ti hoje
serão pessoas felizes amanhã,
e assim como choraram outrora,
rirão agora,

Enxergastes fulana?
Percebestes quão vida medíocre tens? 
Nem mil anos de glória te trará bens.

Tiago di Moura


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