terça-feira, 30 de agosto de 2011

Soneto Fúnebre


Adentro.
Ao fúnebre quarto.
A quem eu amparo?
Há um caixão ao centro.


Agonia.

Um [falso] choro se ouvia.
O silêncio da alegria.
A tristeza fazia-se poesia.

Há um perfume de flor.
Paira no aroma do rancor.
Os olhares de satisfação ao defunto...

Alguém dizia: Aqui jaz um tirano...
Cultivou riqueza, trouxe angústia o tal fulano.
E agora vai ter com as larvas.



Tiago Di Moura

0 comentários:

Postar um comentário