sábado, 15 de outubro de 2011

Poema do Viajante Solitário

Em um dia qualquer
Decidi ir além, fui ao norte do mapa,
Sozinho, sem ninguém, completamente sem nada
À selva de pedra, às montanhas de concreto
À camponesa cidadela, ao senado e seus decretos,
Escalei o Grand Canyon, explorei Hollywood,
Procurei por você, mas te encontrar eu não pude.

Fui às pirâmides, à índia, à grande muralha,
Vi homens infames, criaturas estranhas, poderosos de farda
Visitei a rainha, os castelos da Irlanda, a terra dos dragões,
Coragem eu tinha, passei pela Holanda, fiz visita aos alemães
Escalei o Everest, fui à terra de Cristo.
Viajei do leste a oeste, tudo por mim foi visto.
Procurei por você, mas não pude te encontrar

Andei por toda a terra a procurar
Cansei-me, mas não desisti, fui andar
Andei mais além do que poderia pensar,
Então vi que era o momento de voltar,
Retornar a minha vida pacata, para o meu habitat.
Fui à busca de ti e não pude encontrar.
Você que me chama, em meus sonhos a cantar.

Sei que tu existes neste mundo, em algum lugar,
Sequer te conheço, mas sei que estás a me esperar
Pronta para o meu abraço, preparada para me amar
Mas enquanto não a encontro fico apenas a sonhar
Não me custa delirar por ti, nisso eu posso acreditar
Vives em minha memória, invento um rosto para lembrar
Vivo apenas na esperança e na ilusão de te achar.


Tiago di Moura


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