terça-feira, 17 de maio de 2011

A Chuva

Pendurada ao vento, nas alturas.
Com seu ritual, ó chuva, tu chegas.

Choro dos deuses,
canto da natureza.
Coro da alegria,
pranto da pureza.

A terra seca canta a água
Lá no alto do sertão
O coro de suas batidas
Soa jazz, batendo ao chão

Pendurada ao vento, nas alturas
Tu caíste ao ruído embalador 
Desce, ó chuva, às raízes mais profundas
E transforma a semente em uma bela flor

Pendurada ao vento, nas alturas.
Tu caíste nas tais terras de concreto.
Vai caindo, rugindo e lavando a secura.
Do meu corpo e alma por completo.

Pendurada ao vento, nas alturas.
Com seu ritual, ó chuva, tu chegas.

E lava vai... vai lavando o mundo mau.

Tiago Di Moura

0 comentários:

Postar um comentário