De repente veio a tristeza.
A solidão em minha porta bateu.
Veio brindar a in(e)terna fraqueza.
Deste pobre e solitário Romeu.
Ó Minha Julieta! É assim que fazes?
Não morrestes, mas me abandonastes?
Estou pensando em pegar um trem.
O cianureto não me cai bem.
Pensando melhor, não és digna disto.
Tive má sorte, culpo aquele Calisto.
De fato, estou a brindar com a tristeza.
Mas não sou um homicida.
Tu não mereces minha vida,
Nem tampouco minha dor.
O que posso fazer se tenho sorte no jogo?
O que posso fazer se tenho azar no amor?
Abri a porta e a tristeza entrou.
Sentou-se à mesa e comigo chorou.
Venha minha cara, me fazes companhia.
Vamos tilintar as taças, nesta noite fria.
Tenho aqui um vinho barato, um tinto.
Ó caríssima tristeza, só tu entendes o que eu sinto.
Tiago Di Moura
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