Grandes momentos, grandes lembranças
Tudo acabou, vamos guardar o que marcou
Guardar na gaveta da saudade como herança
Lá ficará, uma vida esquecida, que aos poucos se apagou
Nela há de tudo, de fotografia a um poema de amor.
De uma rosa seca, a papel de presente usado.
Quem sabe eu tenha guardado aquele batom vermelho,
traçado por seus lábios, lindos, naquele lenço marcado.
E... a aliança de prata gravada, que deixei com tanta dor.
Naquela gaveta antiga guardei meu coração
Juntamente com esboços da alegria vivida
Escritos por corações jovens, sem razão, pura emoção
Que tranquei na quarta gaveta, aquela que mantenho detida
O tempo passa... Os anos chegam às pressas
E lá está a nossa gaveta, cheia de sonhos e promessas
Gaveta da lembrança, esquecida, selada, lacrada
Gaveta da saudade, às chaves, deserta... Empoeirada.
Tiago Di Moura
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